Faleceu este mês o professor emérito de História da Igreja e Missiologia do Seminário Bíblico Menonita Anabatista, Alan F. Kreider. Ele morreu aos 75 anos na presença de sua família, em sua casa em Goshen, Indiana, dia 8 de maio de 2017, depois de ter sido diagnosticado com mieloma múltiplo em dezembro de 2016.
Historiador e estudioso aplicado, Kreider graduou-se em Goshen, em 1962, e obteve seu PhD em História Inglesa, em Harvard. Casado com Eleanor Graber, mudaram-se para a Inglaterra onde foram diretores da Agência Missionária Menonita e atuaram como professores de teologia em seminários e faculdades teológicas.
No Brasil, Alan Kreider é pouco conhecido mas em breve certamente isso será diferente. A Editora Sal Cultural está preparando para lançar, ainda neste ano, o livro “O Fermento Paciente da Igreja Primitiva”, sobre o crescimento da Igreja nos primeiros séculos da Era Cristã. Segundo Howard Snyder, “ele nos mostra – melhor do que qualquer outro livro – o que a igreja primitiva realmente era, o que estava fazendo, e o que ela era contra. Kreider traça a ascensão do cristianismo no Império Romano e habilmente explica sua dinâmica em termos históricos, sociológicos, antropológicos, e de práticas de discipulado. Ele dá uma atenção considerável à sociologia real da igreja primitiva, incluindo os papéis fundamentais das mulheres e das pessoas comuns. Seus dois últimos capítulos – sobre Constantino e Agostinho -conduz as principais lições dos capítulos anteriores.” (leia o artigo completo aqui).
Rachel Miller Jacobs, professora assistente de formação congregacional do AMBS, afirmou que Alan era um estudioso excelente e rigoroso, cheio de interesse nas pesquisas, mesmo em suas últimas semanas de vida. “Sua escrita pensativa, orientação generosa e ensino animado enriqueceu inúmeras pessoas”. Para ela, Krieder combinava curiosidade, humildade, alegria, energia criativa e amor a Deus e à igreja.
Segundo Ted Koontz, professor emérito de estudos sobre ética e paz do AMBS, os dons de Alan eram numerosos, especiais e generosamente compartilhados, especialmente o dom da amizade. “Alan estava sempre pronto – ansioso – para escutar e compartilhar fielmente e apaixonadamente sobre o que considerava mais importante: a fé cristã e suas alegrias e lutas.”
Seus colegas e alunos são unânimes em considerá-lo uma importante referência intelectual e de vida cristã: seu compromisso e fé em Jesus Cristo, apoiado e sustentado por muitos hábitos e disciplinas, como adoração e oração. Porque ele cultivou tais “hábitos do coração”, ele também demonstrava esperança, vendo Deus no controle de todo o caos do nosso mundo, de nossas igrejas e nossas vidas. E mesmo quando não podia vê-lo, ele permanecia perplexo, mas confiava que Deus ainda estava pacientemente trabalhando. Graças a Deus.